sexta-feira, 4 de março de 2011

LAMBRETTA PARA O CARNAVAL II - CORRE, CORRE LAMBRETTINHA

Um fato digno de nota desse carnaval de 1958 foi o fracasso das músicas de todos – todos mesmo – os grandes ídolos populares, nenhum deles conseguiu emplacar um sucesso digno de nota, ou deixar sua marca na história dos carnavais brasileiros. Assunto é que não faltou. Muitas críticas nas letras. Falou-se de tudo, de Brasília, da gripe asiática, de amores e desamores, da Lambretta, do Sputnik, de mortes, de pobreza, do velho Rio de Janeiro e da destruição dos patrimônios da cidade por causa do “progresso”. Claro que também não faltaram as músicas de duplo sentido e nostálgicas, ou seja, a temática foi vasta e variegada. Enfim, muita música de péssima qualidade, pouquíssimos destaques dignos de nota. Não foi à toa que a música de Ataulfo Alves Vai, Mas Vai Mesmo, gravada no meio do ano de 1957, se tornou o grande sucesso desse carnaval na interpretação do próprio compositor, acompanhado por suas pastoras.

Nesse carnaval, Emilinha Borba fez um sucesso apenas razoável com a marchinha Corre, Corre, Lambretinha, de composição de Braguinha.



Corre Corre Lambretinha
Braguinha

O vovô ia a cavalo
Para visitar vovó
O papai de bicicleta
Pra ver mamãe, ora vejam só!
Hoje tudo está mudado
Mudou tudo, sim senhor
E eu tenho uma lambreta
Para ver o meu amor
Corre, corre, lambretinha
Pela estrada além
Corre, corre, lambretinha
Que eu vou ver meu bem

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